segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sabe por que eu criei um blog?

Você sabe por que as pessoas criam um blog? Sabe por que eu criei um blog?

Já estou no 3º, mas nenhum dos anteriores passou de meia dúzia de posts.

Tem gente que escreve no blog textos enormes, über-úteis, narrando notícias, fatos de suas cidades, tecendo críticas a políticos, de políticos, de governo, manifestos, convidando à e insuflando a revolução.

Há quem publique seus dotes culinários, artesanais, toda sorte de trabalhos manuais.

Quem se preocupa com a beleza e o bem-estar repassa minuciosamente mil dicas de conservar a beleza, reganhá-la e sentir-se bem com ela depois de conquistada. É, porque é realmente difícil fazer a manutenção.

Eu já percebi que textos longos não estão sendo o meu forte. Escrevo porque brota. Se brotou, tá brotado. Não tenho mais muita disposição para perder meio dia/ dia inteiro diante da telinha pesquisando, pescando, lendo e me inspirando para fazer dissertações, teses, tratados e tomos (muito enumerativa essa garota: Modo Gradação e Clímax [ON]). Aí eu pego a matéria-prima e repasso. Como?

Normalmente, eu escreveria uma notinha numa caderneta qualquer e me esqueceria de tudo aquilo depois, um depois bem breve, afinal a vida tem pisado no acelerador. Mas minha amiga do coração me disse que eu poderia partilhar. – Pausa para pensar: egoísta que eu sou. Converso tanto sobre tanta coisa legal e nem divido. Fim da pausa. –

Daí eu escolher o gênero dinâmico, leve e coloquial da Crônica. Pintou assunto? Crônica. É só pro dia a dia? Crônica. Serve como querido diário? Só às vezes. Crônica. É pra desabafar? Dá pra jogar na Crônica também. E o veículo? Blog é legal. Gostei. Aí, para frases curtas, Twitter. Tem dias em que tudo se resume a 160 caracteres. Bem a gosto dos telegramas. E vou deixar a cadernetinha, o pedaço de papel, a contracapa do livro a lápis? Não. Só decidi ampliar meu veículo de comunicação. E aprender a dividir. Tem gente que pode gostar.

Voilà.

Por isso que eu digo que escrever é terapêutico. É que nem manjericão. Eu poderia ter escolhido a camomila ou a lavanda. Preferi o manjericão – porque abranda.

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