Quando teu corpo, que é teu templo, se torna inóspito
E desejas poder, mesmo que por um instante, deixá-lo para trás
Não te envergonhes ou lamentes de tal
A dor sublima
Mas até chegarmos a tamanha purificação
Os sentimentos mundanos, mesquinhos e terrenos
Serão os que nos regem.
Ben(mal)dita dor...
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Da dor
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Ou isto ou aquilo
Ou isto ou aquilo
O dono da usina, entrevistado,
explicou ao repórter que a situação é grave. Há excedente de leite no país, e o
consumo não dá pra absorver a produção intensiva:
– Uma calamidade. Imagine o senhor
que o jornal aqui do município reclama contra a poluição do rio, que está
coberto por uma camada alvacenta. Não é nenhum corpo estranho não, é leite.
Estão jogando leite no rio porque não têm mais onde jogar. Os bueiros estão
entupidos. A população, como o senhor deve saber, é insuficiente para beber
toda essa leitalhada ou comê-la em forma de queijo, requeijão, manteiga e
coisinhas.
– Insuficiente? Parece que a produção
de crianças ainda é maior que a produção de leite.
– Numericamente sim, mas não têm
capacidade econômica para beber leite. Têm apenas boca, entende? Então nada
feito. Se falta dinheiro aos pais dos garotos para adquirir o produto, ainda
bem que se joga leite fora, em vez de jogar os garotos.
____________________
Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987) – Contos Plausíveis (com 150 ilustrações de Márcia e Irene), José Olympio Editora, 2ª edição, 1985, Rio de Janeiro – RJ.
Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987) – Contos Plausíveis (com 150 ilustrações de Márcia e Irene), José Olympio Editora, 2ª edição, 1985, Rio de Janeiro – RJ.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
A Rainha de Espadas: As cartas na terapia.
A Rainha de Espadas: As cartas na terapia.: Dei uma arrumada no visual do blog! E para estrear resolvi postar esse texto que escrevi já faz um tempo! Muito além de ser apenas um ...
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Dos pés
Dos pés
Diante da
proposta da minha professora da arte da dança do ventre, resolvi tomar pé
(trocadilho besta, né?) do assunto e expor uma opinião. Lá vamos nós.
Começa que
minha opinião não é definitiva nem imutável, mas apenas uma visão que tenho no
momento do que os pés representam para mim.
Os pés são
dois. Não são iguais e jamais pretenderão ser assim. Cada um do seu lado. Mas
um está sempre dependendo do outro.
Não tenho
fetiches com pés. Quanto aos meus, gosto de vê-los. Não os acho feios, mas há
dias em que estão realmente mal-arrumados. Curto unhas pintadas, calcanhares
lisos e hidratados. Já descobri que para ficarem lindinhos como eu gosto,
preciso escolher os calçados certos, senão todo esforço em mantê-los como gosto
são em vão.
Meus pés
andam. Flanam. Passeiam.
Os meus pés
correm. Percorrem. Alcançam.
Estes meus pés
dançam. Respondem ao que minha alma pede. Ao que a vontade ordena. Se ela diz: “vá
ser feliz!” é porque provavelmente está tocando música. Uma melodia. Qualquer
som, nem que seja de colher na panela ou de cascas de coco batendo. Os meus pés
mexem. Logo põem meu corpo no reflexo.
Sinto prazer
através dos pés. Piso na areia da praia e recebo massagem. Sinto a água do mar
e refresco. Depois de um dia cansativo, se os mergulho na bacia de água
morninha, eles levam o relaxamento ao resto do corpo.
Massageio
meus pés. E gosto de neles receber massagem (de preferência quando estão em
ordem, daquele jeitinho que já falei que gosto).
Já fiz
massagem em pés alheios: de amores que tenho e tive. De quem precisava melhorar
a saúde. De quem eu senti que precisava de uma descarga de boa energia através
de um toque amoroso.
Meus pés já
chutaram. Muito! Bola, pedrinha, parede, ar e até barriga – é, isso mesmo. Não
vim de casca de ovo.
Já tive
chulé, unha encravada, calo. Já furei, entrou farpa. Cortei. Ralei. Mas curei. E
estão aqui.
Quando me
alongo, toco neles. Quando medito sentada, eles se juntam. Talvez troquem
confidências. Talvez só troquem energias. Juntos, trocam o passo. E eu, sigo.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Torre que rui
Já pensou que tudo o que parece desmoronar é, na verdade, a quebra de sua casquinha de proteção?
Te joga! Depois limpa os escombros.
O importante que a vida tem a ensinar é que é muito bom estar vivo, não anestesiado.
Conselho do dia: tá trincado? Cedo ou tarde racha. Deixa ruir. Vai que a próxima coisa a ser construída não sai até melhor?
Boa tarde.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
sábado, 1 de setembro de 2012
Mote para um próximo texto
Bom, nao posso exigir seu amor. Mas posso tentar dar motivos pra vc descobrir como gostar de mim. -- Manjericão Abranda (@manjericaoabran)
Assinar:
Postagens (Atom)